sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Informação: verdade ou mentiras publicadas?

Engraçado ver outras pessoas acreditando em mentiras, por mais banais que sejam (ok, fui sarcástico agora, não tem nada de engraçado nisso). Mas, o que me intriga é quando elas preferem continuar acreditando nestas mentiras à verdade. Quantas vezes mostrei para algumas pessoas escritos oficiais, sites oficiais, vídeos oficiais, todos ratificados e com o selo de oficial (os quais negam a versão mentirosa que as pessoas tendem em acreditar ou falar (ou falar que acreditam)), mas elas preferem permanecer com inverdade. Preferem o mundo idealizado por elas mesmas, do que abrir seus olhos (e a sua mente) para o diferente: para a verdade.

Por mais que estejamos num período histórico-social de relativismo da verdade (cada um tem a sua própria verdade e que, não necessariamente, pode ser a mesma verdade que o outro possui (como já escrevi anteriormente), eu, entretanto, acredito haver verdades que permeiam a todos nós. E não precisamos nos desconstruir como Descartes o fez (Penso, logo existo) para que a humanidade possa vê-las. A pedra angular da ciência moderna é isto: Mostrar o que era verdade e o que era mentira; o real do irreal.

Um outro grande problema que enfrentamos é o excesso de informações que temos acesso hoje. O Google e a Wikipedia fizeram uma revolução que praticamente exterminou as bibliotecas e repositórios de informações, pois tudo que estas continham estava ao alcance de um clique (e umas palavrinhas mágicas digitadas). Esta explosão de informação nos faz ainda mais refém dela mesma, pois, hoje (cerca de 10-15 anos depois da explosão), não sabemos quais fontes são verdadeiras e quais não são. Por incrível que pareça, várias pessoas que questionei se a informação que passavam ou compartilhavam em redes sociais era verídica, apenas me disseram "não sei" (é por isso que invisto meu tempo em busca de informações oficiais, ou chegar à raiz do problema e tentar desmascarar quando não são verídicas).

No entanto, mesmo com estas ferramentas poderosas (a ciência e a internet), per se, nós temos grandes propensões em acreditar em mentiras. Nós mesmo nos enganamos (quase todo o tempo ou sou só eu? não respondam! risos). Outros tentam nos enganar, seja por bons ou maus motivos (se é que há bons motivos para enganar/mentir para alguém).

Portanto, creio que devemos avaliar seriamente cada bit de informação que recebemos e comecemos, realmente, a julgar (e pensar muito) se são fatos verídicos ou não; Se devemos acolher como factível ou descartar como inverdade, pois passamos por um período em que somos extremamente vulneráveis e secos pela verdade. E só tende a piorar.


By Dante Pendragon

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